Em Fluxo Continuo

Wednesday, November 08, 2006

Lua no Rio da sala

Ha algum tempo escrevi para ela, mas nao sei onde esta. Hoje, somente quero olha-la. Deixar que passe de leste a oeste trespassando meu olhar.

Encontrei:

Deitada, escrevendo sob sua luz,
sinto a luminescência diminuir,
tal caimento de fase elétrica.
Elevo os olhos e vejo
nuvens ligeiras tentando te cobrir,
mas seus raios insistem e volto a te perceber tal holofote alumiador.

Vapores esbranquiçados que parecem querer te engolir,
mas você fixa em seu majestoso e eterno movimento
retransmite o fascínio de amantes, poetas, marés
com pequenas manchas escurar no lumiar total.
Ainda não creio que sua luz é alheia,
a racionalidade em nada altera,
e talvez isso só aumente seus mistérios,
pois brilha, seduz com a luz de outrem,
só por existir, por estar ali em seu devido espaço.

Tal holografia, os vapores brancos passam por detrás de estrelas fixas
e fico aqui, deitada, puramente sua, devota e apaixonada.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home