Lua no Rio da sala

Encontrei:
Deitada, escrevendo sob sua luz,
sinto a luminescência diminuir,
tal caimento de fase elétrica.
Elevo os olhos e vejo
nuvens ligeiras tentando te cobrir,
mas seus raios insistem e volto a te perceber tal holofote alumiador.
Vapores esbranquiçados que parecem querer te engolir,
mas você fixa em seu majestoso e eterno movimento
retransmite o fascínio de amantes, poetas, marés
com pequenas manchas escurar no lumiar total.
Ainda não creio que sua luz é alheia,
a racionalidade em nada altera,
e talvez isso só aumente seus mistérios,
pois brilha, seduz com a luz de outrem,
só por existir, por estar ali em seu devido espaço.
Tal holografia, os vapores brancos passam por detrás de estrelas fixas
e fico aqui, deitada, puramente sua, devota e apaixonada.
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